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sábado, 17 de setembro de 2011

O que Ler

Leitura - parte 02

Lex Luthor – Homem de Aço

Toda grande história é antecedida por uma grande campanha publicitária, como por exemplo: do renomado criador de...., do mesmo desenhista de..... Bom, quando a “mini-série” Lex Luthor – Homem de Aço foi lançada pela primeira vez aqui no Brasil, na revista mensal do Superman, não teve tanto alarde, já que na época estava para acontecer a saga Crise Final.

Na época eu estava centrado na contagem regressiva para tentar entender o que viria a frente, comprei a revista do Super despreocupado com o que era publicado no “mix”. Quase passei batido por ela, pois não tinha ligação direta com a saga, e francamente história boas do Superam era e são raras.

O grande ponto que faz desta mini-série algo fora do comum é o fato de que o personagem principal dela é Lex Luthor, o principal inimigo do Homem de Aço.  A história mostra o ponto de vista de Luthor em relação ao Alien que esta entre a humanidade, e levanta o fato de como um extraterrestre virou o principal herói do planeta terra. Há momentos em que Luthor é apresentado como o benfeitor da humanidade, tem ares de bom moço, como no momento em que conversa com o faxineiro, de longe lembra o maníaco que quer colocar o mundo abaixo para provocar o Superman.
A visão que Brian Azzarello passa a respeito de Luthor, contradiz a versão trazida por James Hundal e Eduardo Barreto na revista Lex Luthor - A Biografia Não-Autorizada, onde o personagem é apresentado sem escrúpulos buscando sempre seus objetivos não importando como, ou meios para tal. Em Homem de Aço, a parte humana de Luthor é explorada, os medos: daquilo que ele não consegue ter controle, do poder que o Superman possui, do diferente e da admiração que seus pares têm pelo alienígena.
O próprio fato de um Super-Homem ter como principal inimigo um ser humano sem poderes algum, já é um indicio de histórias fracas, ou pela desigualdade de força física ou intelectual. Mas, em Lex Luthor, Homem de Aço isso cai por terra e mais uma vez o simples levou vantagem sobre o complexo.

A meu ver essa mini-série deveria ter sido lançada direto em um especial, assim como outras tantas, pois é uma obra prima em se tratando de Lex Luthor. Na época passou escondida, devido como disse, por uma saga que não teve tanto a apresentar de novo, pois só trouxe coisas que já estavam sendo mostradas dentro do universo DC. Essa mini-serie demonstra que não há a necessidade de uma penca de heróis enfrentando uma penca maior ainda de vilões, ou um mega super vilão para se ter uma história boa, para prender o leitor.

Sinopse: Superman já foi chamado de muitas coisas desde que veio a público: de defensor da verdade e justiça, o Maior Escoteiro do Mundo. Conseguiu tornar a si mesmo tão humano que quase todo mundo esqueceu que ele não é um de nós. Quase todo mundo.

Roteiro: Brian Azarello
Arte: Lee Bermejo
Editora: Panini
132 páginas

Minha Nota: 8,00

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